Slavoj Zizek, pensador e provocador, conhecido por enfileirar referências cultas e populares, analisou a geopolítica atual e falou das bases de seu último livro.
A edição da segunda-feira (8/7) do Roda Viva recebeu o filósofo esloveno Slavoj Žižek. Filosofia contemporânea, política global e o futuro da esquerda foram alguns dos temas debatidos ao longo desta edição.
Expansivo, Žižek discorreu sobre suas principais influências enquanto pensador, Karl Marx e Georg Hegel, mostrando como o pensamento de ambos se faz presente em seu trabalho e suas análises da atual conjuntura política e econômica do planeta. "Voltar a Hegel para mim é basicamente o desafio da esquerda hoje", afirmou.
Para Zizek, "todos os filósofos relevantes tentaram mudar o mundo profundamente com seu pensamento. O único que não pretendeu incorporar um discurso de mudança foi Hegel - e foi ele o que, ironicamente, mais transformou o mundo". O pensamento Hegeliano e seus desdobramentos hoje fornecem a base do último livro de Žižek - Menos que Nada: Hegel e a Sombra do Materialismo Dialético.
Žižek também usou seu arsenal teórico para refletir sobre os rumos do capitalismo global a partir da crise de 2008. "Os Estados têm um papel cada vez mais importante no Capitalismo", indicou, lembrando da ascensão econômica de países como a China e a Coréia do Sul. O pensador apontou para caminhos mais autocráticos do capitalismo hoje. "Os governos, mais do que nunca, têm de fornecer um poder central e regulatório para suas economias. E é por isso que sigo firme como um comunista", afirmou. "Vivemos em uma era totalmente cínica, ninguém leva as ideologias a sério. Mas ainda precisamos delas. A crise de 2008 foi uma crise do livre-mercado guiada pelos cínicos no poder. E não um produto do esgotamento do chamado welfare state".
Condensando filosofia com bases da psicanálise, enfileirando referências eruditas, populares e anedotas, Žižek - famoso pela expressividade de suas falas em palestras ao redor do mundo - comentou que não se importa "se pessoas aqui ou ali pensem que sou um palhaço. O que importa é que, em algum momento, eu as faça pensar".
A edição da segunda-feira (8/7) do Roda Viva recebeu o filósofo esloveno Slavoj Žižek. Filosofia contemporânea, política global e o futuro da esquerda foram alguns dos temas debatidos ao longo desta edição.
Expansivo, Žižek discorreu sobre suas principais influências enquanto pensador, Karl Marx e Georg Hegel, mostrando como o pensamento de ambos se faz presente em seu trabalho e suas análises da atual conjuntura política e econômica do planeta. "Voltar a Hegel para mim é basicamente o desafio da esquerda hoje", afirmou.
Para Zizek, "todos os filósofos relevantes tentaram mudar o mundo profundamente com seu pensamento. O único que não pretendeu incorporar um discurso de mudança foi Hegel - e foi ele o que, ironicamente, mais transformou o mundo". O pensamento Hegeliano e seus desdobramentos hoje fornecem a base do último livro de Žižek - Menos que Nada: Hegel e a Sombra do Materialismo Dialético.
Žižek também usou seu arsenal teórico para refletir sobre os rumos do capitalismo global a partir da crise de 2008. "Os Estados têm um papel cada vez mais importante no Capitalismo", indicou, lembrando da ascensão econômica de países como a China e a Coréia do Sul. O pensador apontou para caminhos mais autocráticos do capitalismo hoje. "Os governos, mais do que nunca, têm de fornecer um poder central e regulatório para suas economias. E é por isso que sigo firme como um comunista", afirmou. "Vivemos em uma era totalmente cínica, ninguém leva as ideologias a sério. Mas ainda precisamos delas. A crise de 2008 foi uma crise do livre-mercado guiada pelos cínicos no poder. E não um produto do esgotamento do chamado welfare state".
Condensando filosofia com bases da psicanálise, enfileirando referências eruditas, populares e anedotas, Žižek - famoso pela expressividade de suas falas em palestras ao redor do mundo - comentou que não se importa "se pessoas aqui ou ali pensem que sou um palhaço. O que importa é que, em algum momento, eu as faça pensar".
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