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segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Definido: 26,66 horas de aula e 13,33 para planejamento para Professores na Educação Básica.


O Ministro da Educação homologa o Parecer nº 18/2012, da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação, que, reexaminando o Parecer CNE/CEB no9/2012, dispôs sobre os parâmetros a serem seguidos na implementação da jornada de trabalho dos profissionais do magistério público da educação básica.
Por incrível que pareça,  os Professores precisam esperar anos para que reivindicações básicas sejam aprovadas, ou seja, vivemos uma crise nas Licenciaturas que cada vez menos oferecem professores para o mercado de trabalho e que cada vez menos são atrativas para nossa atual geração de estudantes e ainda assim precisa-se mendigar "direitos" para tentar reverter esse atual quadro na educação brasileira.
O Parecer nº 18/2012 apenas garante que os Professores da Educação Básica terão 26,66 horas em sala de aula e 13,33 horas para planejamento. Sua homologação foi importante porque muitos estados desrespeitavam esses números, porém alguém pode indagar: e esses números quebrados? Pois bem, não bastasse lutar por direitos adquiridos, esse Parecer foi modificado do simples, prático e enxuto 26 horas aula e 14 horas planejamento para essa linda fração. Coisas que o Brasil é "Padrão FIFA": DESRESPEITAR a Educação! Cabe agora, os Professores pressionarem seus respectivos sindicatos (quer sejam confiáveis ou não) para que acionem as Secretarias de Educação. Se não for possível a mudança nesse atual período letivo que seja feito no próximo respeitando a retroatividade.
Para BAIXAR o Parecer clique no link abaixo:

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Material de apoio - Slides do livro "Sociologia para o Ensino Médio" de Tomazi.



Disponibilizando slides do livro "Sociologia para o Ensino Médio" de Nelson Tomazi, que poderão ser usados em sala de aula como forma de sintetizar o conteúdo de cada capítulo e assunto abordado.
 
PARA BAIXAR CLIQUE NOS LINKS ABAIXO:

Capítulo 01

Capítulo 02

Capítulo 03

Capítulo 04

Capítulo 05

Capítulo 06

Capítulo 07

Capítulo 08

Capítulo 09

Capítulo 10

Capítulo 11

Capítulo 12

Capítulo 13

Capítulo 14

Capítulo 15

Capítulo 16

Capítulo 17

Capítulo 18

Capítulo 19

Capítulo 20

Capítulo 21

Capítulo 22

Agradecendo e citando a fonte do material:

sábado, 27 de julho de 2013

Documentário "Com Vandalismo" retrata as manifestações ocorridas em todo o Brasil.


PARA ASSISTIR AO DOCUMENTÁRIO COMPLETO ACESSE ABAIXO:


Quatro jovens, uma câmera na mão e uma onda de manifestações assolando o país. Os cearenses Roger Pires, 23, Bruno Xavier, 28, Pedro Rocha, 27, e Yargo Gurjão, 26, foram ágeis e decidiram aproveitar a chance única de fazer um documentário sobre eventos no instante em que eles aconteciam. Com vandalismo é o primeiro longa dos jornalistas por formação que se juntaram para criar uma produtora de vídeo, a Nigéria. O longa será lançado oficialmente no próximo dia 20/7, mas logo depois estará disponibilizado no Youtube, no canal da produtora (www.youtube.com/nigeriaaudiovisual).

A ideia surgiu depois de observarem um pouco os protestos. "Resolvemos acompanhar a consequência local da onda de manifestações que vinha acontecendo no Brasil. A priori, nosso foco era a questão da rejeição à Copa das Confederações, na ocasião do jogo Brasil e México. Mas com a forte e desmedida repressão da polícia e a cobertura da imprensa, no geral, feita a partir da perspectiva dos policiais, optamos por escolher outro foco: os chamados 'vândalos' e a relação com a outra parte dos manifestantes, que gritavam 'sem vandalismo'!", explica Pires.

Fonte: http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/diversao-e-arte/2013/07/16/interna_diversao_arte,377239/documentario-com-vandalismo-relata-a-onda-de-manifestacoes-nas-cidades.shtml

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Coleção Explorando o ensino Vol.15 - Sociologia - MEC - BAIXAR!


A "Coleção Explorando o Ensino" tem por objetivo apoiar o trabalho do professor em sala de aula, oferecendo-lhe um material científico-pedagógico que contemple a fundamentação teórica e metodológica e proponha reflexões nas áreas de conhecimento das etapas de ensino da educação básica e, ainda, sugerir novas formas de abordar o conhecimento em sala de aula, contribuindo para a formação continuada e permanente do professor.

BAIXAR NO LINK ABAIXO:

Programa "Roda Viva" com o pensador e provocador Slavoj Zizek.


"Ainda precisamos das ideologias" 

Slavoj Zizek, pensador e provocador, conhecido por enfileirar referências cultas e populares, analisou a geopolítica atual e falou das bases de seu último livro.

A edição da segunda-feira (8/7) do Roda Viva recebeu o filósofo esloveno Slavoj Žižek. Filosofia contemporânea, política global e o futuro da esquerda foram alguns dos temas debatidos ao longo desta edição.

Expansivo, Žižek discorreu sobre suas principais influências enquanto pensador, Karl Marx e Georg Hegel, mostrando como o pensamento de ambos se faz presente em seu trabalho e suas análises da atual conjuntura política e econômica do planeta. "Voltar a Hegel para mim é basicamente o desafio da esquerda hoje", afirmou.

Para Zizek, "todos os filósofos relevantes tentaram mudar o mundo profundamente com seu pensamento. O único que não pretendeu incorporar um discurso de mudança foi Hegel - e foi ele o que, ironicamente, mais transformou o mundo". O pensamento Hegeliano e seus desdobramentos hoje fornecem a base do último livro de Žižek - Menos que Nada: Hegel e a Sombra do Materialismo Dialético.

Žižek também usou seu arsenal teórico para refletir sobre os rumos do capitalismo global a partir da crise de 2008. "Os Estados têm um papel cada vez mais importante no Capitalismo", indicou, lembrando da ascensão econômica de países como a China e a Coréia do Sul. O pensador apontou para caminhos mais autocráticos do capitalismo hoje. "Os governos, mais do que nunca, têm de fornecer um poder central e regulatório para suas economias. E é por isso que sigo firme como um comunista", afirmou. "Vivemos em uma era totalmente cínica, ninguém leva as ideologias a sério. Mas ainda precisamos delas. A crise de 2008 foi uma crise do livre-mercado guiada pelos cínicos no poder. E não um produto do esgotamento do chamado welfare state".

Condensando filosofia com bases da psicanálise, enfileirando referências eruditas, populares e anedotas, Žižek - famoso pela expressividade de suas falas em palestras ao redor do mundo - comentou que não se importa "se pessoas aqui ou ali pensem que sou um palhaço. O que importa é que, em algum momento, eu as faça pensar".
Fonte:

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Disciplinas no Ensino Médio: tudo junto e misturado?

Estou disponibilizando para leitura ou para BAIXAR esse artigo da Revista Gestão Escolar (Ano V Nº 26) do mês de julho/2013 que fala sobre as possíveis alterações que o currículo do Ensino Médio pode vir a passar, onde existe a proposta de unificação das 13 disciplinas em quatro blocos: ciências humanas, ciências da natureza, linguagem e matemática. A grande mudança não vai ser nem a questão das disciplinas no Ensino Médio, mas como ficarão os cursos de Licenciatura da Educação Superior? Vão se "misturar" também? Pouco provável. O MEC tem que ter a responsabilidade de abrir o debate para todos os envolvidos e não impor uma solução "mágica".

Para BAIXAR CLIQUE ABAIXO:
https://docs.google.com/file/d/0BwqM_dfBNkAEODNfdFc3WjdqUGs/edit?usp=sharing

sexta-feira, 5 de julho de 2013

LUTA pelo Projeto de Lei que GARANTE o ensino de Sociologia para os Licenciados em Sociologia!


Segue abaixo o ofício da Federação Nacional dos Sociólogos – FNS solicitando aprovação do PL 1446/2011 que Garante o Ensino de Sociologia/Ciências sociais para os licenciados nas respectivas disciplinas. Com a aprovação da Lei 11.684/2008, que insere a sociologia e filosofia no currículo das escolas de ensino médio espalhadas pelo país, não foi definido qual professor deveria lecionar a disciplina de sociologia. Neste sentido, pedimos urgência, na aprovação do PL em questão.


Guarulhos, 03 de julho de 2013. 
Ofício nº 021 /2013 – Federação Nacional dos Sociólogo - Presidência

Ao 

Congresso Nacional - Câmara dos Deputados

Presidente da Comissão de Constituição de Justiça e Cidadania - CCJC 

SR. DÉCIO NERY DE LIMA (PT) 
Ref.: PL 1446/2011 – Autoria do Deputado Chico de Alencar (PSOL) – Garante o Ensino de Sociologia/Ciências sociais para os licenciados nas respectivas disciplinas
Considerando que a Lei 6888/80 (anexo e disponível em: http://legis.senado.gov.br/legislacao/ListaTextoIntegral.action?id=103032&norma=126429 ) dispõe sobre a profissão do sociólogo e define que os licenciados em Sociologia, Sociologia Política ou Ciências Sociais até 10 de dezembro de 1980 poderão exercer a profissão de sociólogo (letra c do artigo 1º) mas não estipula que estes, e somente estes, têm a prerrogativa de ministrar aulas da disciplina de sociologia;

Considerando que a Lei 11.684/2008 (anexo e disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11684.htm) reintroduziu o ensino de Sociologia e Filosofia em todo o território nacional em 02 de junho de 2008, não mencionando em seu conteúdo quem deveria ministrar as disciplinas de sociologia, haja vista, que todos os cursos de licenciatura na área das ciências sociais formam professores em ciências sociais e não em sociologia;

Considerando que o parecer do MEC 492/2001(anexo e disponível em http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=12991&Itemid=866) estipula quem deve lecionar sociologia/ciências sociais, mas, o mesmo não tem força de Lei;

Considerando que em vários municípios e capitais do país, a partir de 2008, vêm ocorrendo sucessivos concursos para professores da disciplina de sociologia, mas, como não definido por Lei qual profissional de nível superior tem habilitação e competência para ministrar a relevante matéria, aqueles que foram aprovados não puderam (exceto os que entraram com mandato de segurança) assumir o cargo de professor de sociologia. Como exemplo, apontamos, dentre vários casos, o do município de Santana do Parnaíba – SP edital 001/2013 (anexo e disponível em: http://www.santanadeparnaiba.sp.gov.br/concursopublico/pc_2013/edital_01/EDITAL_FINALIZADO_Processo_Seletivo.PDF). 


Diante do exposto acima, solicitamos providência urgente por parte de V. Ex.ª no sentido da aprovação do PL 1446/2011, haja vista, o quanto têm sido prejudicados, de um lado, os licenciados em Ciências Sociais, pelo não reconhecimento privativo do exercício profissional e, de outro, a sociedade que almeja ser formada nos ensinamentos de sociologia/ciências sociais por profissionais comprovadamente competentes e habilitados nesta área do conhecimento. Enfatizamos que o licenciado em Ciências Sociais, comprometido com a dimensão pedagógica do saber profissional, está legalmente apto para o exercício do magistério da disciplina de Sociologia no ensino médio em todas as escolas da rede pública e da privada em todo o território nacional.

Apontamos que a titulação oferecida pelas principais universidades do Estado de São Paulo (USP, UNESP e UNICAMP) formam bacharéis e licenciados em Ciências Sociais e também as Estaduais e Federais de todo o país. O desconhecimento de alguns que Sociologia e Ciências Sociais tratam-se na realidade de uma mesma área de conhecimento científico tem impedido parte dos portadores do título de Licenciado em Ciências Sociais de participarem dos processos seletivos para concursos de professor de Sociologia. A aprovação do PL 1446/2011 visa corrigir tais equívocos que recorrentemente vêm prejudicando toda a categoria de trabalhadores da Sociologia, em especial os profissionais das Ciências Sociais.

Ficamos a disposição de Vossa Excelência para esclarecimento de quaisquer dúvidas sobre o assunto em questão.

Respeitosamente,

Soco Ricardo Antunes de Abreu – DRT 1560 – SP.
Presidente da Federação Nacional dos Sociólogos (a)s – FNS.





 

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Para FHC, professor é 'coitado' que não conseguiu ser pesquisador.


O presidente Fernando Henrique Cardoso cometeu hoje uma gafe com os professores durante a cerimônia de entrega do prêmio nacional do Finep de inovação tecnológica.

Ao relatar sua experiência como professor no Instituto de Estudos Avançados de Princeton (EUA), FHC afirmou que os pesquisadores e bolsistas da universidade que não conseguiam produzir viravam professores.

"Se a pessoa não consegue produzir, coitado, vai ser professor. Então fica a angústia: se ele vai ter um nome na praça ou se ele vai dar aula a vida inteira e repetir o que os outros fazem", afirmou o presidente.

Ao encerrar discurso na cerimônia de entrega do Prêmio Finep de Inovação Tecnológica, FHC afirmou: "Lá (o instituto de Princeton) é um lugar de pessoas selecionadas nos Estados Unidos, de jovens PhD, os mais brilhantes _eu não era, porque eu já era professor, eu não sou brilhante, mas estava lá".

Depois de afirmar que os que não conseguem produzir vão dar aula, FHC continuou: "Aí me ensinaram uma coisa que me deixou muito atormentado a vida toda: eles [do instituto] pegam os mais jovens, porque, para poder ter capacidade de inovação, para ter criatividade, pelo menos em física teórica e matemática, tem de ser muito jovem".

Segundo o presidente, os mais velhos sabem muito, "e quem sabe muito não cria, fica com medo de criar, porque 'fulano fez isso, beltrano fez aquilo, se eu disser isso vão dizer que é ridículo'".

Para FHC, 70, o que o salva é que pertence à área de ciências humanas. "Quem sabe [nessa área] a gente possa criar até certa idade, mas depois dos 70 não tem jeito."

sábado, 29 de junho de 2013

Anonymous quem?



Uma dica de texto para trabalhar em sala de aula os Movimentos Sociais. O interessante é que além explicar o movimento mundial conhecido como Anonymous, o texto cita rapidamente o movimento americano Occupy Wall Street e os levantes da Primavera Árabe o que vai proporcionar uma pesquisa bem interessante para relacionar com nosso atual contexto de protestos e reivindicações. 

Anonymous quem?

Por Juliana Sayuri em 25/06/2013 na edição nº 752
Reproduzido do Estado de S.Paulo, 22/6/2013; intertítulo do OI

Rosto branco, fino e ovalado, bochechas rosadas, cavanhaque estilo cafajeste e bigode debochado, olhos puxadinhos, sobrancelhas arqueadas e um sorriso de Monalisa um tanto cruel e sarcástico. Esse personagem poderia ser eu, poderia ser você, poderia ser a torcida do Corinthians acampada no Zuccotti Park em euforia semelhante à primeira conquista da Libertadores. Você já viu esse rosto. Seria um personagem esquecido, fosse tão identificável quanto um discreto Wally perdido nas coloridas multidões. Ao contrário, porém, tem uma face muitíssimo pop: Guy Fawkes (1570-1606).
E Fawkes marcou presença no Brasil nesses dias, em duas vertentes. Por um lado, a máscara do soldado inglês catapultada pelo hollywoodiano V de Vingança (2006) estrelou um punhado de fotografias no Facebook, no Instagram e na imprensa, durante as diversas agitações sociais efervescentes no País. Estava diluído entre os manifestantes na rua. Na segunda-feira, uma manifestação histórica. Na quinta, uma festa estranha com gente esquisita. Uns com balaclavas coloridas, outros com lenços palestinos forjados na Bolívia, muitos com o rosto à mostra (e às vezes a tapa). Também estavam presentes uns que se querem os novos caras-pintadas, com guache verde e amarelo feito blush nas maçãs, e outros que, fanfarrões, brandiam cartazes com os dizeres V de Vinagre, uma referência ao “subversivo” ácido acético proibido na manifestação paulistana do Movimento Passe Livre na semana passada. Mas, cara-pálida, uma figurinha realmente carimbada nas últimas manifestações foi “V”. No Rio, a máscara de feições sinistras custava R$ 20 na semana passada – agora, o hit tem preço promocional de R$ 10. Há até uma versão tupiniquim, com o rosto pincelado na cor amarelo ovo. Na terça-feira, ambulantes paulistanos venderam 500 máscaras a R$ 10, valor tabelado, dizem, em questão de minutos. Item versátil, encaixou-se nas diversas e difusas causas mostradas pelos cartazes de jovens e não tão jovens brasileiros que desfilaram em várias capitais. Tão eclético o acessório que até gente fina, elegante e sincera – alô, chics – aderiu ao disfarce fashion feito de plástico. Fawkes é o novo Che?
Por outro lado, “V” tem outra faceta fora do “mundo real”. Vestindo o mesmo disfarce pop, pipocou na terça-feira uma inusitada mensagem do Anonymous Brasil. São os hackativistas – sonoro neologismo para “hacker + ativista”, não consta no Houaiss mas pode confiar que a expressão existe – que invadiram o Instagram da presidente e o Twitter de uma poderosa revista dias atrás. Diz o início da mensagem de 1 minuto e 45 segundos postado no YouTube: “Seremos simples e diretos. As mídias de rádio e TV dizem que não temos uma causa específica. Isso pode enfraquecer o movimento. Só a diminuição do valor das passagens de transportes públicos não nos satisfazem, mas realmente temos que saber por onde começar um novo Brasil”, com música de suspense ao fundo, tom azulado nas imagens trepidantes e voz grossa digitalmente alterada, tal qual os discursos do movimento propagados em outros idiomas. Desta vez, os mascarados brasileiros pretendem pautar cinco metas específicas para as novas manifestações:
“1º. Não à PEC 37; 2º. Saída imediata de Renan Calheiros da presidência do Congresso Nacional; 3º. Imediata investigação e punição de irregularidades nas obras da Copa do Mundo, pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal; 4º. Queremos uma lei que torne corrupção no Congresso crime hediondo; 5º. Fim do foro privilegiado, pois ele é um ultraje ao Artigo 5º da nossa Constituição”.
“Somos todos”
Wish list política à parte, o mesmo semblante do Anonymous no Brasil e no mundo, Guy Fawkes, já é um símbolo – para não dizer um clichê – de diversos movimentos. Do outono americano no Occupy Wall Street aos levantes da Primavera Árabe, o herói folk do século 17 se tornou um ícone para esses movimentos “horizontais” e sem líderes. Em Londres, em 2011, Julian Assange também vestiu a máscara por uns minutos – mas a polícia mui gentilmente pediu para que o fundador do WikiLeaks a retirasse, pois a lei britânica não permite “anonimato público”. Em Istambul e Paris, em 2013, batata: lá estavam as benditas vendettas mais uma vez.
Muitas máscaras foram feitas desde que a HQ inglesa V for Vendetta, assinada pelo escritor Alan Moore e pelo ilustrador David Lloyd na década de 1980, ganhou uma versão cinematográfica em 2006 pela Warner Brothers (aliás, The New York Times alertou aos rebeldes que, durante as convulsões sociais nos idos de 2011, as máscaras pretensamente anarquistas, made in China e no México, contribuíram parcialmente para o lucro de US$ 28 bilhões da gigante americana Time Warner, que detém os direitos da ilustração), mas foram os hackers do Anonymous que lhe deram destaque internacional, com protestos por volta de 2008. De lá para cá, o símbolo fez sucesso nas diversas manifestações sociais mundo afora e também noutras arenas menos politizadas em diferentes hemisférios, como Halloween e Rock in Rio. E, no último baile dos mascarados brasileiros, todo mundo quis tirar sua casquinha com as manifestações. 
Mas Guy Fawkes, o rosto por atrás da misteriosa máscara, você deve se lembrar, tem uma história controversa. Foi o soldado católico que tentou explodir o Parlamento britânico no dia 5 de novembro de 1605, na tal Conspiração da Pólvora. A ideia era derrubar o rei protestante, os parlamentares e a nobreza do chá das 5. Expert em explosivos, o soldado de 35 anos era o responsável pelos 36 barris de pólvora. Mas o complô católico vazou, o golpe fracassou e Fawkes, acusado de traição, preso e torturado, se suicidou para escapar da “forca” – na verdade, condenados à morte, Fawkes e os outros conspiradores seriam estripados, esquartejados e depois decapitados, quer dizer, uma baita tranquilidade na hora de descansar em paz.
Da pólvora ao vinagre, o símbolo de Guy Fawkes continua zanzando por aí, na rua e na internet. Uns gostam do pop appeal. Outros preferem mostrar a cara limpa, que máscara o quê, quem precisa se esconder, etc. Atualmente, diferentes ideias e imagens se incorporam a essa moderna personalidade anônima: anarquistas, anti-heróis, baderneiros, justiceiros, rebeldes, revolucionários, terroristas, Deus e o diabo. Não é possível definir quem são e onde estão, mas dá para dizer que andam incomodando muito gente.
Nos próximos dias, o Anonymous Brasil pretende liderar manifestações em prol das tais cinco causas. Na noite de quinta-feira (20/6), a página do movimento foi derrubada no Facebook, desaparecendo sem deixar rastros. Em resposta ao sumiço misterioso, um dos anônimos criticou a possível censura. E esclareceu para confundir: “Não somos uma organização. Sou você. Sou fake. Sou real. Somos todos. Não somos ninguém. Somos uma ideia”.

quinta-feira, 27 de junho de 2013

CONVITE - 1ª Reunião sobre o PROJETO de criação de uma laboratório de ensino de Sociologia no Ceará.


Compartilho o PROJETO  de criação de uma laboratório de ensino de Sociologia enviado pela professora Rose Almeida (UECE). Ela cita:

"Nós da UECE (Universidade Estadual do Ceará), estamos tentando criar um Laboratório de Ensino de Sociologia que fuja da configuração só acadêmica e seja mais experimental e próxima de atividades dos professores da rede estadual. Enfim, fizemos uma minuta de projeto já que tem que passar pelas instâncias da Universidade. Mas queremos que seja um Laboratório também dos professores do ensino médio. Neste sentido, peço que, se houver interesse, que nos enviem sugestões, críticas, intervenções e correções nesta Minuta, com propostas de linha e ações mais voltadas para seus interesses".

Nossa 1ª reunião será na sexta feira 28/06/13 as 18 horas na UECE no Centro de Humanidades, na Av. Luciano Carneiro, entrada pela lateral. Procurar a sala do PIBID Ciências Sociais e de Filosofia.

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Relevância de Sociologia e Filosofia cresce no Enem; veja o que estudar.


Sancionada em 2008, a lei que torna obrigatório o ensino de sociologia e filosofia nas escolas do último nível da educação básica vem mudando o perfil das provas de humanas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). Agora com maior relevância, as duas disciplinas relacionam problemas da atualidade com os conteúdos teóricos.
Prova disso é que o Enem 2012 contou com oito questões de natureza filosófica e seis de natureza sociológica, de acordo com o professor Leonardo Oliveira de Vasconcelos, professor de filosofia e sociologia do colégio Magnum Cidade Nova, de Belo Horizonte, o que representa quase um terço da prova de humanidades.

Filosofia

"Em filosofia, o perfil das questões do exame envolve habilidades de conhecimento em relação aos períodos históricos", diz. "Não é o fato pelo fato, mas sim qual é a importância do fato filosófico para a história da humanidade". Na hora de estudar, Heitor Henriques Sayeg, professor de sociologia da Oficina do Estudante, recomenda muita leitura. "O aluno tem de ter um conhecimento curricular bem amplo, mas ele precisa de uma percepção muito clara de como relacionar os conteúdos, por isso ler é fundamental. Tem que procurar estar bem informado". Contudo, conhecer os conceitos é insuficiente para enfrentar a prova. "O estudante não tem que saber apenas o que o filósofo pensa ou de que época ele é, mas também compreender o desdobramento filosófico de uma situação que ele já havia problematizado e que estamos vivendo agora", diz o professor.

Sociologia

Sayeg concorda com o docente do colégio Magnum em relação aos possíveis temas da prova da disciplina no Enem (veja abaixo). "Acredito que o exame foca bastante na política, no que diz respeito a movimentos sociais, estado e sociedade civil e representações culturais", afirma. Ele acrescenta que a dificuldade pode estar na falta de costume dos alunos em estudar essas disciplinas de humanas. "Não acho a prova difícil. Ela é trabalhosa de se fazer, porque ainda não existe uma cultura de se estudar filosofia e sociologia como se estuda as outras matérias", analisa.

Temas que podem cair

A pedido do UOL, Vasconcelos, do colégio Magnum, elaborou uma lista com os conteúdos que mais caem no Enem em filosofia e sociologia; confira:
Filosofia antiga: Sócrates, Platão e Aristóteles (concepção de ética e política de um deles);
Filosofia medieval: São Tomás de Aquino (questão da relação da fé e a razão);
Filosofia moderna: Maquiavel (suas concepções no campo da política), Thomas Hobbes, John Locke, Jean-Jacques Rousseau (estado de natureza, contrato social e estado de sociedade para cada um) e Immanuel Kant;
Filosofia contemporânea: Michel Foucault;
Sociologia: Movimentos sociais, socialização, surgimento das instituições, questão da cultura, estratificação da sociedade, papel social da educação, pobreza e desenvolvimento, e clássicos: Auguste Comte (visão ao positivismo), Karl Marx e Jürgen Habermas.

Vasconcelos lembra que questões sobre cidadania e política, ética, liberdade e trabalho durante a história da humanidade também são amplamente abordadas no Enem em filosofia.

Leia mais em: http://noticias.bol.uol.com.br/ultimas-noticias/educacao/2013/06/20/relevancia-de-filosofia-e-sociologia-cresce-no-enem-veja-o-que-estudar.htm

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Garantidas as vagas de Sociologia para o concurso público para professores no Ceará.



A reunião da Comissão de professores da educação básica e das universidades do Ceará com a Coordenação do Concurso Público foi respeitosa, porém tensa. Inicialmente imaginamos que iríamos apenas discutir a quantidade de vagas, pois considerávamos que a Coordenação do Concurso da SEDUC-CE iria apenas retificar a grave falha de não ter incluído a disciplina de Sociologia. O que ocorreu foi um debate de aproximadamente 2 horas com explanações técnicas e questões político-educacionais sobre a importância da Sociologia para o ensino Médio e principalmente o que essas vagas significavam para o incentivo na formação de mais professores de Sociologia que aguardavam ansiosamente as vagas para esse concurso. Da parte da comissão da SEDUC-CE vinha o sinal claro que não havia "interesse" ou nesse caso "vagas" para professores de Sociologia. Apesar de sairmos com a garantia que no edital do concurso (que saiu sexta-feira dia 07/06) a disciplina Sociologia constará no edital. Foi-nos dito que poucas vagas apareceriam, o que foi confirmado adiante com as mínimas 15 vagas. 
Saímos porém, com algumas reflexões que necessitam ser pautadas:

1) A comissão de Sociologia conseguiu impedir o descaso e o desrespeito de não ofertarem vagas para a referida disciplina. 
2) Uma real necessidade de reunião e união dos professores licenciados em Sociologia para não perdermos a identidade de nossa disciplina. 
3) Rever a questão de professores de outras áreas pegarem a disciplina como complemento de carga horária. 
4) Sentimos falta de outras comissões de outras disciplinas que foram prejudicadas com poucos vagas fazerem corpo nessa pressão contra essa desproporção de vagas por disciplinas.

Edital do Concurso Público para Professor no estado do Ceará:
http://www.cespe.unb.br/concursos/SEDUC_CE_13/

Sociologia "esquecida" no concurso público no estado do Ceará - VERGONHA!


Fomos informados durante o III ENESEB que, no pronunciamento da Secretária de Educação do Estado do Ceará no dia 31 de maio de 2013, sobre o Edital do Concurso Público para provimento de vagas para professores efetivos da rede pública estadual, não constavam vagas para a disciplina de Sociologia. O Edital será divulgado no dia 7 de junho de 2013. Tal fato resultou em reação indignada de todos os presentes no evento, na realização de um abaixo-assinado com aproximadamente 340 assinaturas e na formação de uma comissão de professores da rede básica do Estado do Ceará e de professores das Universidades deste estado, para participar de uma reunião com representantes da comissão de concurso público da SEDUC e reivindicar a inclusão da Sociologia no Edital. A reunião foi acompanhada por representantes do sindicato dos professores do Ceará, às 14h do dia 3 de junho de 2013, logo após encerramento do evento. A justificativa para a não inclusão da Sociologia no concurso por parte da SEDUC foi o levantamento realizado sobre a carência definitiva de professores em cada disciplina, que resultou em uma vacância total de apenas 200h (que podem ser preenchidas por apenas cinco professores com 40h). Questionamos imediatamente, por meio de documentos da própria SEDUC sobre dados de carência de professores desde o último concurso realizado em 2009, a saber: havia 6.280 (seis mil e duzentos e oitenta) horas de carência, mas apenas 3.020 (três mil e vinte) foram preenchidas pelos 82 (oitenta e dois) aprovados nesse concurso, logo, ainda existe vacância de 3.260 (três mil duzentos e sessenta) horas – o que equivale a 81 (oitenta e um) professores com carga horária semanal de 40h. Questionamos também sobre a obrigatoriedade da Sociologia no ensino médio desde 2008, que demanda necessariamente um número mais expressivo de professores formados na área e sobre o p ossível mascaramento desta carência definitiva, tendo em vista que muitos professores que ocupam o horário da Sociologia são de outras áreas de conhecimento. Depois de debate houve o compromisso da comissão da SEDUC de fazer um novo levantamento de carências atuais para inclusão de vagas de Sociologia. Entretanto, também foi afirmado por parte da SEDUC que não haveriam muitas vagas. Solicitamos rever esta posição no sentido de contemplar efetivamente a disciplina em sua carência real.